Mulheres na tecnologia: como a robótica e a programação incentivam garotas para as profissões do futuro

19 de março de 2018

Postado por Vineet Sharan em Conteúdos Educacionais, Notícias Educação, Tecnologia da Educação

um grupo de pessoas olhando para um laptop

A presença feminina na área tecnológica vem ganhando mais espaço e inspirando a nova geração a seguir os mesmos passos 

Nos últimos anos a palavra representatividade vem sendo usada e discutida em diferentes cenários, apesar de muitas vezes não nos darmos conta da real importância de seu significado. Segundo o dicionário, Representatividade é a qualidade de alguém, de um partido, de um grupo ou de um sindicato, cujo embasamento na população faz com que possa expressar-se verdadeiramente em seu nome. 

Sabemos que a representatividade feminina na tecnologia vem aumentando, mesmo com muitos desafios a serem enfrentados. Segundo pesquisa do site Exame, 30% dos funcionários das quatro principais empresas de tecnologia no mundo são mulheres. O cenário ainda não é o ideal, mas alguns projetos já estão sendo colocados em prática no mercado de trabalho. No ano passado, a Microsoft Brasil lançou a campanha “Eu Posso Programar para Meninas”, que recrutou garotas que queriam aprender linguagem de programação de uma maneira lúdica e divertida. O programa tem o objetivo de estimular a presença de mais mulheres que pretendem atuar na área de tecnologia. 

Já na zona leste de São Paulo, a professora Mary Inês Galvão, da Escola Integral Reverendo Tercio, vem realizando um trabalho muito importante, não só no ensino de sua disciplina, mas na representação das professoras na área de tecnologia. Desde de 2015 ela desenvolve vários projetos com os alunos do Ensino Médio sobre conceitos básicos da placa Arduino, funcionamento de Placa Proto Board, Plataforma Scratch, além de códigos básicos de programação. “Acredito que o meu trabalho inspire outras garotas a seguir a mesma profissão ou a trabalhar com tecnologia. No primeiro contato com o tema, elas se sentem inseguras, mas com o desenvolvimento das aulas, passam a gostar e se identificar com o contexto da disciplina”, explica a professora.

 

               Aula eletiva de Robótica na Escola Integral Reverendo Tercio

Quando essas jovens veem que há mulheres que são professoras, engenheiras, gestoras liderando projetos e iniciativas com paixão e excelência, elas se sentem encorajadas a seguirem seus sonhos. Por isso é importante cada vez mais destacarmos essas ações. Para a CEO da Microsoft Brasil, Paula Bellizia, diversidade e inclusão devem ser uma prioridade da cultura da empresa, “Se diversidade é a meta, inclusão é a estratégia. Precisamos estar sempre atentos para promover e assegurar que vozes diferentes sejam ouvidas. Por isso, não podemos falar de diversidade sem pensar em inclusão”, enfatiza Bellizia. 

A estudante Mariana São Leão Levatti, aluna da professora Mary Inês, destaca a relevância que a matéria de Robótica ganhou na vida dela: “Com a matéria eletiva de Robótica eu aprendi a trabalhar com o programa de Arduíno e a desenvolver outros projetos nessa área. Isso foi o empurrão para a minha entrada na Pré-iniciação científica, além de que meu amor pela programação só aumentou!”.  

Um dos programas que também contribui para esse movimento é a Hora do Código, que tem o objetivo de estimular crianças e adolescentes a passar uma hora aprendendo os conceitos básicos de programação. No ano passado, a Microsoft realizou uma edição do evento com garotas que cumprem medida socioeducativa na Fundação Casa, em São Paulo. Beatriz Teixeira, que é Coordenadora de Educação e Tecnologia na ONG Recode (clique aqui e acesse o site da ONG), foi uma das convidadas. A organização apoia o empoderamento digital de jovens alinhando a educação com a tecnologia. “Ficamos bem contentes de participar da Hora do Código na sede da Microsoft, especialmente porque acreditamos muito nas portas que programação abre para os jovens, especialmente para essas meninas”, conta Beatriz. 

Tereza, (nome fictício) de 15 anos, é umas 20 jovens da Fundação Casa que participou da Hora do Código e destacou a importância de participar do evento. “Eu já conhecia o Minecraft por causa do meu irmão pequeno, mas não imaginava que era possível aprender História com programação. Foi muito legal ter a oportunidade de conhecer essa ferramenta, porque meu sonho é ser engenheira”, contou a participante.

 

Evento Hora do Código com a participação de adolescentes da Fundação Casa

A Microsoft acredita que este tipo de incentivo deve vir desde cedo para que essas jovens despertem no futuro o interesse em seguir carreira nessa área, que é tão promissora no Brasil e no mundo. A tecnologia está transformando a educação e nos mostrando um novo caminho para combatermos a discriminação e a falta de representatividade. 

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